Mais uma vez a história se repete.
Chega o verão brasileiro e as chuvas caem abundantemente levando alegria para alguns e tristeza para outros.
E mais uma vez as autoridades vão deixando o bonde passar empurrando com a barriga as decisões que, todos sabem, devem ser tomadas.
Uma hora é no Paraná, em outra no Rio de Janeiro, depois em outro estado qualquer, e assim, as tragédias se repetem ano após ano.
Agora vemos os estados de Minas Gerais, Maranhão e Bahia debaixo d’água.
Barragens mal construídas ou sem manutenção que se rompem.
Cidades com sistema de drenagem pluvial deficiente ou inexistente.
O avanço desordenado, sob os olhos das autoridades, sobre áreas degradadas e ambientalmente desprotegidas que levam, inexoravelmente, a um desfecho previsto e já conhecido.
O que fazer?
Qual é a solução?
Todos sabem!
É preciso preservar, DE FORMA INTELIGENTE, as florestas e os cursos dos rios evitando o assoreamento.
É preciso melhorar, URGENTEMENTE, os sistemas de águas pluviais das grandes cidades que são construídas para comportarem a média anual das chuvas, mas o que, alaga, não são as chuvas médias, e sim, as torrenciais, aquelas que fazem a curva dos índices pluviométricos subirem, mas que é abaixada pelos tempos de seca.
É preciso construir os diques urbanos de contenção de água. O mundo todo está fazendo isso!
E, finalmente, agora que a transposição do São Francisco está concluída – ou quase – que tal pensarmos, no futuro, interligarmos os açudes do Nordeste?
Isso evitaria as situações de alguns açudes sangrarem e de outros estarem com um nível mínimo de água.
É caro fazer isso?
Sim, é caro, mas é preciso, porque mais caro ainda, é a perda de vidas e a situação de miséria a que são levados os mais necessitados.