Há pouco mais de dois mil anos Ele chegou.
Já era esperado, previsto nas escrituras.
Diziam que seria um rei e ele veio como o filho de um carpinteiro e de uma Dona de Casa.
Não frequentou universidades, não viajou pelo mundo. A maior distância percorrida do lugar onde nasceu foi de trinta quilômetros.
Ensinou os sábios, pregou nos templos e nos campos. Meditou nas montanhas e alimentou uma multidão de cinco mil pessoas com apenas alguns peixinhos e uns pães.
Por onde Ele passou ficou o amor, a esperança e a fé.
Disse que ninguém iria ao pai senão por Ele e que também era o início e o fim.
Curou enfermos, ressuscitou mortos, deu esperança aos desesperados e perdoou a mulher pecadora. Desafiou a quem não tivesse pecados que atirasse a primeira pedra. Ninguém o fez.
Andou com os humildes, os pobres e os esquecidos mas deles, Ele se lembrou.
Informou que veio para servir e não para ser servido.
Em um momento de indignação expulsou aqueles que aviltavam a casa de Seu pai. Exigiu respeito aos locais sagrados pois a casa de Deus não é lugar para comércio e negócios espúrios. A casa de Deus é um lugar para preces, meditação e, principalmente, para conversar com o Pai.
Predisse a traição, o traidor e a própria morte, mas previu também a sua vitória pela ressurreição.
Apesar de só ter feito o bem em seus pouco mais de trinta anos de vida, foi condenado pelo que não fez, torturado, humilhado, aviltado e cruel e barbaramente assassinado justamente por aqueles por quem Ele deu a própria vida.
Sua mãe o viu exalar o último suspiro pregado em uma cruz, castigo dado aos piores malfeitores de Sua época. Não arredou o pé dali até o último momento. Como fazem, sempre, as mães, as boas mães.
Mas, porque estou falando de Jesus Cristo hoje, vinte e sete de março de 2022? Afinal não é natal, nem sexta-feira santa!
Falo de Jesus Cristo hoje, porque hoje e todos dias é dia de se falar em Jesus Cristo.
Faço-o, também, para homenagear o meu pai, hoje, quarenta e quatro anos após a sua morte.
Cuida dele, Jesus, hoje e sempre, como sempre cuidaste de todos nós!
Aqui presto minha homenagem a meu pai que, se vivo fosse, estaria com cento e oito anos e a quem devo muito e de quem tenho muita sauda